A folha está seca,
o frio se aproxima,
a névoa se fortalece,
eis aqui a solidão!
Neste penduricalho o teu barulho perde o som,
o silêncio começa a te representar com ousadia,
tua face se transforma, trazendo rugas que em outro
tempo não era possível ver.
O mar em fúria,
a fogueira em chama,
a ventania que absolve
a antiga calmaria.
Neste penduricalho deixaste de chacoalhar,
te expulsas do presente, apertando a mão,
sem querer dar adeus, mas o fazendo em cada gesto
O sol que brilha,
o céu que ilumina,
o mar que avizinha,
a vida que ressoa!
(Andréa Zílio)