terça-feira, 30 de junho de 2009

Grito para voar!

Grita bem alto e você não ouve,
seus sussurros estão amordaçados na seda em volta de seu corpo.
Tuas descobertas são pequenas, a vida é mais grandiosa. Quanta bobagem!
A pergunta paíra no ar, afinal, qual o valor?!
A alma em sua inquietude busca um tempo para respirar, a névoa embriaga, o silêncio é ensurdecedor, um mal necessário para amar. Só devaneios o acompanham junto aos sonhos mais aventureiros, na incessante busca por raios de luz, e a blindagem em sua mente se constrói. Ele precisa voar...sua sina é voar...na matina, a renovação!
(A.Z)

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Novo brilho!

O sol aparece com sua intensa luz e ilumina novamente esse círculo azul.
As preces se repetem, se espalha, o sorriso volta a brotar, o humor é incessante.
Um pedido, uma súplica, o imporvável que é provável, a aceitação.
Novos e bons dias se renovam, neles está a esperança.

(A.Z / Foto: Pôr-do-sol no Pólo Norte - Inês Palma)

terça-feira, 23 de junho de 2009

Angústia

A cabeça pesa... como poucas vezes na vida pesou... o pescoço dói, movê-lo é desgastante.
O estômago está embrulhado, nada cai bem, nem a mais deliciosa guloseima, aliás, até o apetite fugiu. Os olhos se perdem no horizonte com facilidade.
O peito parece que vai rasgar ao meio com uma dor dilacerante que se mantêm frequente.
O silêncio é a melhor das canções, mas é preciso falar. A tentativa de manter o corpo imóvel para deixar de sentir qualquer coisa é inútil, pois o coração continua pulsando.
Uma verdade que dói, uma esperança que ilude e salva. A espera por um outro fim é o que faz a lágrima secar, o corpo se reerguer e continuar. A persistência se torna uma virtude, a fé é essencial, pois as quatro letras mais importantes continua a valer: vida!
*Você está salvo!
(Texto: A.Z)

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Inerte e voraz

Estou inerte, parada ao vento, entre a angústia e a esperança. Pequeninando a dor, ampliando a expectativa, solucionando os afazeres, com saudade da saudade.
Estou ávido, em uma energia latente que parece sufocar o peito a ponto de explodi-lo. Nessa corrente do bem reencontro meus sonhos. Nessa ambiguidade me reconstruo.
Mais uma vez, fênix de mim mesma.
(A.Z)

quinta-feira, 11 de junho de 2009

nAMORados

Drummond já dizia:
Quando encontrar alguém ...
... Se os olhares se cruzarem e neste momento houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante e os olhos encherem d'água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês."
É dessa e de muitas outras premissas que iniciamos a vida acreditando no par idel, na alma gêmea, no príncipe ou princesa encantados. Contos de fadas, poesia e canções que nos embalam no sonho do amor perfeito.
Ouso em deslizar pelo texto do poeta carioca. O amor dos contos de fada existe. O amor do poeta também, assim como o amor perfeito, mesmo que cheio de defeitos. E desse amor se constrói histórias de amor. Alguns encontram vários amores, cada um de uma forma diferente, porque o momento não é o mesmo, a pessoa é outra, portanto, jamais será igual. Do fervor da adolescência com os primeiros beijos, à juventude com os toques mais ousados e a descoberta do sexo, passeando pelo acúmulo de vivências, maturidade, e todos os amores são verdadeiros. Se "ama eternamente enquanto durar o amor", como afirmou Vinícius de Moraes. Outros encontram um grande e único amor na vida.
O bom mesmo do amor é que ele está em você e não no outro. Você pode amar sem jamais tocar, vivendo o platônico. Mas é concretizando que você vive, às vezes acha que foi um erro ter vivido com aquela pessoa, com outras consegue a cordialidade. Mas o amor só vai fazer diferença na vida de alguém, se encarado como o grande ato da vida.
Ame, se não der certo... ah, não pense assim, não deu errado, é porque era pra ser exatamente aquilo, o motivo já se justificou, o que deveria já aconteceu. Terminou, não deixou de ser válido...pois a cada amor vivido você se lapida e encara uma nova relação, amando ainda mais.
Mas, quem sou eu pra falar de amor?
Assim como os escritores de contos de fadas, os poetas, me embalo na ousadia de refletir sobre o amor, respeitando a verdade de cada um, mas pedindo espaço para falar da minha, porque eu sou mais um viajante do amor. E é assim que o amor se mantém um grande conto, onde cada um vive e interpreta da forma que desejar.
Aos que amam, tenham, veradeiramente, um espaço aberto para exercitar esse grande sentimento no dia dos namorados!

(A.Z)

terça-feira, 9 de junho de 2009

Pala....

Há dias não me vejo em palavras blogueiras,
limitando-me ao corre-corre, aromas gastronômicos e planos inacabados.
O desejo em secar um pote de letras, um prato de poesia aumenta. As caixas cheias de livros começam a me atormentar com mais altivez, esnobando minha ilusão... então inventam-se novas tarefas.
Começo a buscar a palavra tempo, aquela que cura feridas, aumenta a idade, traz maturidade. Aquele que também te dá rasteiras, mostrando o quão fostes bobo em desperdiçá-lo. Vou me embalar nela para suprir tal necessidade.
(A.Z)

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Um poema, um soneto!

Quero apenas um poema, assim, meu, abafado, sufocado, libertador. Um poema para meus olhos, e diante de outros olhos que seja difícil de ler, entender. Palavras secas, bravas, desalinhadas.

Quero verbos malcriados, adjetivos desorganizados, um poema para ninguém comentar, versos que só eu saiba falar, quero portas fechadas, muros bem altos, mares bravos, pororoca furiosa.

Palavras egoístas que só pertençam ao meu viver, versos apoiados em lágrimas caídas, sorrisos espalhados, gargalhadas relembradas. Um mistério a surpreender.

Quero desafios a vencer, pois só assim o meu poema terá significado. E no ponto final, enfim... ele deixa de me pertencer!
(A.Z / Foto: Gonzales-Olhares)