sexta-feira, 27 de março de 2009

Égide

Meus olhos encontram os teus em meio a penumbra que te cobre. Teu sorriso aguça minha curiosidade. E nesse temporão o cheiro que exalas desperta em mim os desejos mais íntimos. Neste intenso sentir, ensaio a prosa dos amantes e o sonho profano ganha doçura diante do querer bem, mergulhando nas fantasias.
Neste novo cenário me chamas pelo teu modo de dizer e de cantar...cantas a vida, um convite provocante de um caminho a explorar, cada milímetro, exploro! Cada canto de encantos apreciar, aprecio!
Minhas asas entrelaçadas em teu corpo desfruta dos sabores de tua verve. Ao encontro dos dois corpos sob a égide do amor: a magia, o prazer, o êxtase, a emoção, a vida.
(Texto: A.Z / Foto: Sara Sa - Olhares)

sexta-feira, 20 de março de 2009

De A a Z

Eu sou assim, de A a Z completa de imperfeições, insanas imperfeições. Mas são nelas que me reivento, me reconstruo. Do Amor, passando pela Dor, alcançando a Felicidade, chego até a Saudade, mas antes passeio também pelos Gostos, e mesmo que alguns soem como desgosto me encho de Sorrisos e no final, sempre concluo que sou a favor do Zelo pelos sentimentos. Esses que acredito serem as válvulas que impulsionam essa máquina da vida. Esses que superam a mesquinhes, arrogância, intolerância e hipocrísia humana. Como somos bobos, cheios de verdades, em um falsa serenidade. Ah, como somos tolos... a imperfeição existe? Diante da falsa perfeição ela é assim, igualmente irreal. Mas precisamos acreditar, afinal, a locura insiste em espreitar.
De A a Z me completo com o perfeito, aquele que é a única verdade diante de um mundo inventado por homens... o perfeitor SENTIR.
(Texto: A.Z)

Portugas e Brasucas!

De Portugal, meu amigo Salvador, me envia:

"a primavera é tempo de poesia, de flores, borboletas e sussuros..."

Saudades brasileiras!

Livres almas!

"Almas livres escalando sonhos impossíveis"
Essa frase veio em uma caixinha, quando eu ainda estava na redação do jornal Página 20, há uns cinco anos. O remetente: uma grife chamada Ospício (isso mesmo, sem h), que a enviou em uma camisa com detalhes em material ecologicamente correto. Desde então, minha alma caminha na tentativa de ser assim, sempre livre, na escalada de sonhos "impossíveis". E nela me deparo em outra frase, a de Fernando Pessoa, "Tenho em mim todos os sonhos do mundo". E para complementar, outra de Pessoa, "Tudo vale a pena se a alma não é pequena".
Diante disso, ratifico a necessidade de sonhar a cada dia, em cada etapa e momento da vida. Demagogia ou locura de minha alma?
Hoje encontrei em um e-mail enviado por minha amiga Solene, intitulado "Fotografias com a alma", com um texto de Aristóteles, e belas imagens do fotografo Rarindra Prakarsa, novamente falando da liberdade necessária para o ser humano, a importância de depositar sonhos em você mesmo, aqueles vindos de seu íntimo.
E nesse dinamismo que fazem de paralelos uma linear, encontro nesse Feito meu Preceito, ALMA E SONHOS, sempre juntos, se encontrando e caminhando lado a lado, nessa verve que sacia a sede da vida.
(Texto: A.Z / Fotos: Rarindra Prakarsa)

quarta-feira, 18 de março de 2009

Mãos dadas!

Se você me der a sua mão a gente pode dar a volta ao mundo, ir da África ao Japão.
Nessa contemporaneidade nos reencontraremos em vários destinos, misturaremos sabores, ouviremos histórias de desamores, e quando a solidão aportar, vamos bailar, para pequeninar esse vazio miúdo, que invade a alma. Tua companhia em minha companhia será um novo aportar, desses assim, que vem depressa e se firma devagar. São passos lentos de uma caminhada que não pede agilidade, apenas sensibilidade.
(Texto: A.Z/Foto: Arpoador - RJ)

Solta!

Vai assim...serelepe mundo à fora, sem lenço nem documento, deixa a brisa esvoaçar seus cabelos, acariciar teu rosto.
Esse momento branco, da tua paz, tua luz, é uma abertura de um novo caminho, de uma nova verve que revela o fortalecimento do teu eu, mulher.
Nas lembranças, saborei as doces, esqueça os sabores amargos, e nesse passado construa um futuro de novas degustações. Assim, cheio de descobertas, que reforçam o que já sabes, e te ensinam novos aprendizados, fundamentais em fazer jus a vida.
(Texto: A.Z)

sexta-feira, 13 de março de 2009

Alma!

Ela observa as folhas se despedirem e novos raios de sol iluminam o embrulho que chega. Afoita, o abre com ansiedade em pensamentos que viajam na tentativa de adivinhar o que realmente poderia couber ali. Impensável... a face não mostra tudo, mas ressoa em brechas muita luz. Nesse dedilhar de adivinhações, a inestimável surpresa da oferta que supre um dos maiores anseios do ser humano: sentir. Assim, ela conhece um novo sorriso, o misterioso olhar que lhe conta segredos, o aconchego do abraço sereno, a voracidade do desejo, as risadas mais gostosas, a companhia de uma alma livre, assim, afinada com as suas asas.
(Foto: A.Z)

terça-feira, 10 de março de 2009

Momento!

Me ergo nos sonhos,
desabo nas ilusões,
me desespero na dúvida,
vivo nas emoções.

Da serenidade busco certeza,
da maturidade pilares removiveis,
e nessa intrínsica sede pela vida
tenho como caminho o sentimento.

E nesse silêncio ensurdecedor,
encontro um diferente barulho,
de uma melodia a decifrar...
...um novo sabor no ar.
(Texto: A.Z)

quinta-feira, 5 de março de 2009

Vamos teclar?!

Os sites de relacionamento cada vez mais viciam as pessoas ao acesso permanente, diário. Uma cólera de solidão que invade o mundo. Isso não é ruim, ou é?
Acredito que eles, os sites, tenham funções extraordinárias, por exemplo, aproximar os amigos, familiares que estão distantes, ou até mesmo identificar novos amigos, por que não?! Mas é a substituição que me aflige. Vejo simpatia nos recados, sorrisos traduzidos em caretas ou emotions, mas na vida real parece que tudo tem se perdido e o mundo dá um passo para frente e dois para trás no que diz respeito a maneira de viver os sentimentos.
O bom dia, boa noite, não traduz simpatia, mas a obrigação em cumprimentar. O elogio livre de interesses, esse, está cada vez mais escasso, e a confiança, bem, essa tem sofrido grandes rachaduras. Na ausência de vínculos respeitosos e sinceros buscamos em seres desconhecidos, pilares para solidificar a amizade virtual, afinal, nela você exibe sua sensibilidade sem que soe como fraqueza, você é perfeito pelo o que és ou finge ser, você pode atuar no personagem que desejar.
O mundo real exige mais, ele pede verdade, o força a se conhecer, enxergar seus defeitos e os dos outros. Essa realidade exibe tua impaciência e pede respeito à diversidade, as diferenças. Esse realismo também te individualiza diante da intolerância. Nele, as palavras são como flechas lançadas, que jamais retornam sozinhas, portanto, é preciso sempre refletir, corrigir, pedir desculpas e desculpar, só assim você poderá lançá-la novamente, para outro rumo.
Então, viva aos sites de relacionamentos? É, talvez eles tenham suas parcelas de contribuição nos índices de suicídio, afinal, depois de tantas pragas, doenças antes incuráveis, outras ainda misteriosas para a ciência, o mal do século é a individualidade, essa que gera a depressão. Mas não troquemos os cliques pelo sorriso, toque, cheiro, carinho, afeto de quem está ao lado. A racionalidade nos permite viver em sociedade, e se não o sabemos, perdemos para os bichos, que mesmo irracionais, possuem regras e delimitações que impõem respeito, direciona o seu ciclo de vida. Deposito ainda esperança em acreditar que o respeito com o próximo, aquele em você o preza, mas também se preza, é o primeiro passo para uma vida mais harmoniosa.
(Texto: A.Z / Foto: Net)