domingo, 28 de agosto de 2011

Luz!

Nas ondulações cheias de riscos e também harmonia, e na certeza de que tudo é breve muito breve, deixa de ter tanta importância o vencer ou perder, mas tentar é a real necessidade do ser humano.
São os motivos cheios de anseios, desejos, vibrações, incertezas, que nos fazem perdurar em uma eterna sina: a busca.
Buscamos uma etapa, perto de concluída, lá vem outra, e mais outra, e outra... algumas nem finalizam, mas estão aí.
E se tudo é tão breve, o essencial é crer no valor de cada motivo, sem superfaturar, pois devem ser tratados do seu tamanho real.
No mais, nos cabe sonhar, crer, planejar, agir... Com ou sem final feliz, trilhamos... na certeza de que o ponto final será o mesmo à todos.
Nessa sincronicidade da vida, buscamos os feitos como base para cada nova etapa.
E isso é para dizer a essa luz de nome harmonioso, que essa é mais uma etapa, vivida com toda a intensidade que lhe é peculiar, mas com a certeza de que foi conquistada com boas lembranças que devem sobressair as dificuldades, e cheia de perspectivas que devem ser alimentadas, tentadas. Solene... Sole... Sol, que venham outras etapas.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Andréa Nha Cretcheu,

Como sintetizar você em um quarto de página? Impossível, porque é difícil traduzir ou descrever a beleza da alma dos pássaros. E você, Nha Cretcheu, nasceu com alma de pássaro, daqueles cujas plumas rabiscam e colorem o céu com seu vôo indelével. O seu espírito livre e inquieto está sempre voltado para além do infinito, porque queres descobrir a beleza do pôr-do-sol que está por detrás da outra margem. Tuas asas batem insaciavelmente por novas descobertas…
E foi essa inquietude e sede de vida que a fez desatracar do seu porto-seguro e navegar em busca do seu sonho. Corajosa, determinada, como mulher leonina que é, ancorou seu barco na esquina do Rio mais belo com a linha do Equador e desafiou todas as adversidades. A menina da saia laranja e passos toc-toc brilhou, encantou os tucujus com seus textos instigantes; seduziu-se pelo rufar dos tambores e se inebriou no ritmo do marabaixo. Deixou sua marca. Entretanto, quis levantar novos vôos e se embrenhar nos mistérios e misticismos da densa floresta das cabeceiras do Amazonas. E assim fez uma longa viagem, da foz às cabeceiras do Grande Rio. Provou ayauasca, imunizou-se com o campô, percorreu barrancos, foi abençoada pelos pajés e rendeu-se ao encantamento da misteriosa floresta. Fez dessa terra seu porto porque quer desvendar seus enigmas tão aliciantes e sedutores. E assim vai escrevendo mais páginas da sua história, brilhando, encantando, seduzindo… Até o próximo vôo.
A nossa alegria hoje é imensa em partilhar, mesmo distantes fisicamente, essa homenagem a você. Tal como dissemos no início da mensagem, você é nossa querida amiga. O termo crioulo Nha Cretcheu tem múltiplos significados: amigo, querido, companheiro, amado, especial… E você é nossa Nha Cretcheu, entre inúmeras outras coisas, por ser nossa cúmplice do amor profundo pela Africa e pela Amazônia.

Felicidades Zílio!

Com o afeto e o carinho dos seus amigos:

Mara e Carlos

(Texto dos amigos, Mara e Carlos, em homenagem a minha entrada na fase balzaquiana)