terça-feira, 11 de novembro de 2008

Mulheres de minhas leituras

Viajo nestas letras de quem está "Muito longe de casa",
e vejo que nas "memórias de um menino soldado" não houve tempo
para encontrá-las com tanto fervor diante da dor.
Mas continuo, encontro riqueza de detalhes no depoimento dele...
É isso mesmo, não vou esconder, é ele. "Eu, Casanova, confesso".
Afinal, é a mesma riqueza das "Memórias de minhas putas tristes",
tão infinitamente sensuais quanto as encontradas nas
"Casas dos budas ditosos", que só João Ulbado poderia encontrar.
Então vejo que todas estão de alguma forma "Nas mulheres de meu pai",
com todo o jeito e as formas de Agualusa.
Todas com suas caraterísticas, da mais famigerada à mais delicada,
da vulgar à sutil, de gestos que exalam sensualidade, pureza.
E nesse imaginário estou no "Último vôo do flamingo", para então ousar em
desbravar novos caminhos de um imaginário infinito. Eis a leitura!

(Texto: Andréa Zílio / Foto: twowests)