segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Inverno... primavera

Dessa sensatez desajustada a uma loucura desenfreada,
Saio da linha reta e pincelo um abstrato cheio de cores...
insinuo curvas em busca de uma direção, mas é nesse infinito que encontro a coerência do existir.
Nessa redoma de vidro jogam-se pedras e juntam-se os cacos, não peço licença, mas não empurro...
Simplesmente é assim... a vida sem caminho certo para voltar, apenas o próximo passo é a sina.
Não ficarei presa ao passado se o inverno terminou... mas não o ignoro, me reinvento assim como as chuvas que lavaram a cidade e penetraram o solo, regando uma primavera que se anuncia.

(Texto: A.Z)

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Saciar!

As palavras sussurradas em seus ouvidos aquece o corpo, gera calafrios, inebria os sentidos.
Os lábios aveludados ecoam uma melodia cheia de frenesi, passeando nos mais secretos versos, confundindo qualquer gesto que fuja desse momento.
Em noite serena a chama aquece o ambiente...
Entre quatro paredes, duas almas livres que saciam o desejo, cavalgam com liberdade estremecendo os músculos e exalando o mais puro êxtase.
No arranjo da melodia dos românticos... o deslise dos corpos, suados, amaldiçoados pelo insaciável frescor do sentir. Ofegantes em uma chama que aquece... um cruzar de olhares que denuncia os sentidos e confidência o pecado.
A alma, a pele, se tocam num momento e se confundem com o tempo, a váriavel inquestionável dos sentidos. As mãos que tateiam o corpo, os lábios que molhados se acariciam formando um só momento que rejeita o tempo e despresa o por vir.
Somos seguidores do agora, do inevitável.
Entrelaçados, os corpos susurram prazer... anunciado um vício.

(Texto: A.Z)