quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Palavra!

Procurar palavras para darem eco ao sentimento é ir ao encontro do grande duelo da emoção com a razão...
É dizer a sensatez que o insano está presente... é esbravejar ou apenas conter-se na cordialidade das emoções.
É dar a escrita o seu direito de indignar-se, se despir, se revelar.
Todas essas palavras podem escapar de seus dedos, lábios, ou viajar em sua mente... o destino você escolhe.
Mas às vezes, as palavras são armadilhas ao silêncio... em outras, silenciar talvez seja a melhor maneira de demonstrar cada palavra que te expresse.
Falada, escrita ou silenciada é a palavra que reabilita o coração... aquele que chora, que grita, que sente falta, que é feliz.
Nessa democrática artimanha nos basta sentir, refletir e abrir o melhor caminho de cada palavra.
(Texto: A.Z / Foto do blog Meditação do Dia)

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Anunciada!

O nome ganha outra conotação... uma letra ao lado da outra sonorizando sentimento, mexendo com a estabilidade da emoção quando escritas ou pronunciadas. A voracidade do desejo em ouvir, falar, ler, escrever... e também a intensidade do querer silenciar, dualidade completa.
Fechar os olhos, a leva em um mergulho de sensações que enaltecem as lembranças.
O gostar desse olhar ao mundo, quando as cores que lhe faltam, ganham pinceladas dadas por ele... a energia que ela transborda o reabastece. A lágrima compartilhada, o sorriso dado com generosidade, a gargalhada cheia de cumplicidade.
Nessas cores, nesse espaço aberto ao sentir, as falhas lamentadas, os sentimentos declarados, a paixão anunciada!
Tudo o que querem é um acorde perfeito maior!
(A.Z)

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Tua cor... minha cor!

A sensibilidade de um olhar aberto ao mundo gera registros que emocionam outros olhares.
As cores, as formas, a dor, a alegria, a vida...
Meu cenário não tem girafas ou leões, meu mar é tímido e sua água é doce. As luzes de minha cidade tem um brilho diferente, minha cor não tem a bela tonalidade da sua, mas ainda assim, meu corpo não resiste ao embalo de teu batuque...
Em cada quadro, recheado de traços de diferentes realidades, encontro semelhanças nos sentimentos que os pincelam.
O tempo iguala os traços da idade de sua gente e da minha gente...
a terra tem o mesmo tom para manchar sua veste e a minha veste...
Teu golfinho é primo de meu boto...
Os céus geram trovões e relâmpagos que assustam e geram os mesmos gritos de susto das senhoras que acreditam que precisar cobrir o espelho para não atrai-los...
O sol ilumina o rosto de tua criança, dando à ela uma luz que a torna um anjo... esse mesmo brilho chega no meu ribeirinho, caboclo dos rios dessa Amazônia.
Nesses cliques conheço mais do teu mundo, do meu mundo... das nossas vidas.

Texto: A.Z / foto: Sergi Barisashvili http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=6016006832353014094

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Quem te Zílio...

Esse recado foi postado pelo amigo Daniel de Andrade Gaia, do blog www.saitica.blogspot.com em meu texto "Minha cinza, minha sina, renascer"
Gostei e compartilho como forma de homenagem ao querido Daniel.

Andréa Andréa, quem te Zílio ...
foi o bem te ví ?
Quanta inspiração
carrega nos sonhos
Andréa Zílio
unindo a Fênix
mimetiza-se
o ser
e o abstrato
Papoulas na estrada
Daime para vagar no espaço

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A fala

Nessa insanidade diária, meu refúgio... teus braços.
Teu olhar, cúmplice de meus desejos, me decifram e comandam teu toque... tua mão na minha pele... teu calor que aquece essa veste.
Aliado ao meu querer, desnuda tua alma em canções e versos. Revelações que se perpetuam em momentos rabiscados com sutileza, criando páginas de encantamento, descobertas, trocas.
Sem preocupação com o fim... uma história com a mais bela harmonia... embalada em sons de sonhos e boas energias. Esqueço o tempo, esse mesmo, inimigo do querer... reconstruo um novo cronômetro, sustentado pela poesia que é estar ao seu lado.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Pedaços de um reencontro


Um

Custava acreditar que estava, novamente, diante de alguém como ele. Não era, mas era o mesmo.
O mesmo olhar, profundo. O mesmo humor abafado. A mesma reclusão. Irresistível!
Não era mais adolescente, tinha perícia. Tornara-se especialista nele. Estudara muito, atenta. Decorara gestos, expressões, reconhecia o andar.
Empenho em vão? Seria aquele o mesmo?
Não diria sim nem não. Não sabia. Só reagia igual, gelo no estômago, tremor nas mãos.
Não era mais adolescente e aquilo... Aquilo era coisa de adolescente!
Passara do tempo de se esconder, envergonhar-se de suas ideias. Seria diferente: agiria, gostasse ele ou não; diria o que pensa, quisesse ouvir ou não.
E queria?
Deu-se conta de seu desvario. Parada diante dele, divagando, como se a quisesse. Talvez quisesse. Provavelmente não. Mas então não seria o mesmo.


Dois


Sentara ao seu lado já ciente da situação ridícula a que se expunha. Costas tão eretas e respiração tão pausada que não passariam por natural. Mas eram. Ao lado dele, eram.
Fora assim sempre, não mudaria.
Sozinhos, respirações tornando-se ofegantes, quebrando o silêncio. O momento perfeito.
A mão pousada na mesa, fingindo distração, não enganava, queria um toque.
A mão na coxa ansiava proximidade do corpo alheio.
O prenúncio de um toque casual arrepiava-lhe a espinha; um toque intencional, paralisava.
Queriam proximidade. Os olhares fixos na TV sabiam ser o estopim, caso se encontrassem. Um encontro e cederiam.
Mas não se encontraram.
Passos alheios na sala, relaxaram e moveram as mãos. Estavam seguros. Escaparam mais uma vez.
Privaram-se, uma vez mais, não do desejo, da saciedade.
Viveriam assim, em suspenso, até rebentarem as defesas.
Elas não rebentariam nunca.


Três


Deitada, satisfeita, olhos fixos no espelho que refletira seu prazer.
Observava as curvas já um tanto flácidas, os cabelos despenteados, maquiagem borrada. Linda. Admirava através da fumaça num completo voyeurismo. O corpo ainda latejava, satisfeito.
Enfim as mãos não haviam se contido, tocaram a pela mais macia com o desejo há tempos reprimido, contido, quisera sufocado...
Não fora. Uma fagulha e irrompera.
Estavam como queriam estar, frouxos, olhando-se, mudos. E seguiriam cada um para sua vida.
Restariam beijos trocados, respirações compassadas, carícias lascivas, impudicas. A cadência perfeita. O prazer sem igual.
Roupas no chão, maquiagem borrada. Já não havia espelho, não havia nada.

(Texto: Cecília França)

Obs: Costumo publicar em meu blog apenas texto de minha autoria, mas este conto é especial, de uma pessoa que promete ser colaboradora sempre que quiser compartilhar suas criações conosco. É claro que esse Espaço está Aberto à você, Cecília França, e toda sua maestria com as palavras.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A arte de navegar!

Hoje é dia do poeta... e recebi esta imagem que é pura poesia.
Nela me encontro,fantasio, recordo, reencontro...
O presente é da querida amiga Val Fernandes, com seus olhos verdes, sensíveis aos momentos de simplicidade da vida, que exalam beleza.
Não vou tentar poetizar sua imagem, inúntil.
Neste guia das águas encontro minhas raízes...
Recordo da Ilha do Marajó, suas águas, sua gente, minha gente...
Fantasio novos sonhos, novos passos, novos rumos...
Reencontro minha essência, minha identidade, minha vida.
Obrigada Val Fernandes por tanta poesia em duas cores, neste dia tão belo, dedicado a uma arte que admiro tanto, que é a de poetizar a vida!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Inverno... primavera

Dessa sensatez desajustada a uma loucura desenfreada,
Saio da linha reta e pincelo um abstrato cheio de cores...
insinuo curvas em busca de uma direção, mas é nesse infinito que encontro a coerência do existir.
Nessa redoma de vidro jogam-se pedras e juntam-se os cacos, não peço licença, mas não empurro...
Simplesmente é assim... a vida sem caminho certo para voltar, apenas o próximo passo é a sina.
Não ficarei presa ao passado se o inverno terminou... mas não o ignoro, me reinvento assim como as chuvas que lavaram a cidade e penetraram o solo, regando uma primavera que se anuncia.

(Texto: A.Z)

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Saciar!

As palavras sussurradas em seus ouvidos aquece o corpo, gera calafrios, inebria os sentidos.
Os lábios aveludados ecoam uma melodia cheia de frenesi, passeando nos mais secretos versos, confundindo qualquer gesto que fuja desse momento.
Em noite serena a chama aquece o ambiente...
Entre quatro paredes, duas almas livres que saciam o desejo, cavalgam com liberdade estremecendo os músculos e exalando o mais puro êxtase.
No arranjo da melodia dos românticos... o deslise dos corpos, suados, amaldiçoados pelo insaciável frescor do sentir. Ofegantes em uma chama que aquece... um cruzar de olhares que denuncia os sentidos e confidência o pecado.
A alma, a pele, se tocam num momento e se confundem com o tempo, a váriavel inquestionável dos sentidos. As mãos que tateiam o corpo, os lábios que molhados se acariciam formando um só momento que rejeita o tempo e despresa o por vir.
Somos seguidores do agora, do inevitável.
Entrelaçados, os corpos susurram prazer... anunciado um vício.

(Texto: A.Z)

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Um passo a mais!

Eu falo ao vento em um sorriso solto, leve...
Os olhos molhados são mais que uma seta, é o próprio alvo, acertado, pontuado, flechado.
De sonhos e destrezas, o que não imaginava se construiu em fragmentos de bons momentos.
Uma liberdade que impede a portar de se fechar, o ciclo completar...
Não te espero, dou um passo adiante, rumo ao nada... que nada com o perfume das noites avassaladoras transformadas em manhãs tímidas.
Pensando em você, te esqueço em um breve flash de luz. Deixa de ser o toque, o tom, se transformando no som e sabor.
Tua voz sussurra...tão longe e tão perto. Fecho os olhos e sonho, permitindo as lembranças me visitarem, tão perto... e tão longe!

(Texto: A.Z)

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Ela...vc... mulher!

Palavras ao vento, rabiscos secretos,
cores em novos tons... saindo do casulo, desperta...
sacia tua sede de mulher, na voracidade reencontra teu íntimo.
Desperta os desejos mais raros,vestidos em lençol de seda vermelho.
Dos sabores, o amargo é esquecido, o doce se perpetua nas lembranças.
Se faz fênix, reconstrói em ruínas, decora com sutileza... apresenta tua verve.
Inebria esse espaço, aguça teus sentidos, recria o toque, despertando da timidez sem perder a doçura de quem alimenta uma alma jovem, por vezes criança, mas sempre... mulher!

*À todas as mulheres, que estão sempre se reiventando!

(Texto: A.Z / Foto: arquivo pessoal)

Minha cinza, minha sina, renascer!

Minha cinza, minha sina, renascer!
Me sinto, me nego, me desespero.
Na sina, no feito, no preceito.
Vejo cores, me embalo em sons, tons, batuques.
Peço licença com grosseria, empurro com gentileza, me faço em destrezas.
Embalo meu corpo na canção, faço da lembrança um baú de segredos.
Sinto o coração pulsar, o desejo latejar, em calafrios me esvaneço, em sabores me reconstruo. Sou cinza, minha sina, meu feito, meu preceito, renasço!

(A.Z/Foto: minha fênix tirada por Diogo Soares)

terça-feira, 29 de junho de 2010

Freio, acelero!

Nesse viés me envergo para adormecer em um sono sereno,
Descansado o corpo, enalteço a alma a um elevado estado de contemplação,
Quando tudo parece um momento ínvio, o amanhecer invade as frestas de minha janela.
Nessa harmoniosa manhã, as luzes alimentam minha insaciável vontade de ver o mundo.
Energizada, contemplo o mundo em um cordial amor, cúmplice, verdadeiro.
Cumprimento o novo momento, deslizo pelas horas como a brisa que passeia pelo meu rosto, assim, suave, fresca, delicada. O freio me restabelece, então... Acelero outra vez.
(Texto: A.Z)

quarta-feira, 2 de junho de 2010

ReEncontro


Te reencontro... em meio a multidão buscando as palavras mais elaboradas,
E as letras se misturam em um jogo de amargo e doce... te vejo.
Tu levas os gestos mais suaves ao delírio do prazer,
sacias a sede adormecida, refaz o mosaíco de momentos.
Entre as cores, os amores em cada paisagem, as descobertas que outrora se confidenciava em segredos.
Na arte te reiventas, nos sons me embalas... a cantiga dos corpos.
Entre os sabores, o ardor, esse de paixão, saciado no silêncio dos sorrisos...
perpetuado nos toques mais secretos...ecoado no prazer mais sereno...te reencontro.
(Texto: A.Z / Foto: José Pessoa/Olhares.Com)

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Anjo negro!

Desse delírio... a cólera
da insesatez mais consciente... uma aurora de confissões.
Tua pele negra, antes tímida, agora brilha diante dos raios de sol que se aproximam.
Âncora desse espaço, despido de preceitos, reconstrói sua vértice.
Anjo-menino, dono de sonhos impronunciáveis, de palavras benditas.
Um livro em chamas que perpetua momentos.
(A.Z)

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Voa, voa...

A minha amiga é um amor.
O amor de minha amiga é o seu renascer.
O renascer do amor de minha amiga é como águia.
A nossa águia que é uma amiga renasce todos os dias com muito amor.

E voa Voa Voa Voa Voa sempre para CRESCER.

(*Aos brutos que são sensíveis - Obrigada Brutonildo)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Saudade

Saudade como se ali eu sempre pudesse estar,
... como se tudo tivesse começando naquele lugar.
Saudade sem fim... de cada espaço, dia de sol, luar...
Dos rostos desconhecidos,das possibilidades... de cada canção, detalhe, cor, sabor.
Saudade dessa sina, dessa África que se avizinha. Dessa mistura do ontem com o hoje. Dessa tradicional contemporaneidade.
(A.Z / Foto tirada por Maracimoni em Cape Town - ZA)

terça-feira, 13 de abril de 2010

Bem querer!

Eu quero algo para beber essa dor,
uma névoa que passe acinzentando a nuvem que insiste em ficar.
E junte-se a brisa, levando-a para outro lugar qualquer...
Quero um momento sereno, supremo de harmonia, insano de bondade.
Mas não é desamor, nem mal-querer, é apenas a inquietação do ser.
Um pequeno abismo, nada mais... daqueles repentinos que nada faz.
Um instante de puro descrédito do ser...
Logo passa, tudo roda, e vem a volta... minha sina é o bem querer.
(A.Z / Fotos: Net)

terça-feira, 30 de março de 2010

Gerânio!

Não costumo postar o que não é de minha autoria por aqui. Mas quando alguém está com olhar limpo para ver o que você tem de bom, merece atenção carinho, respeito, pois é assim que o vê. Golby Pullig me enviou Nando Reis, que reproduz como ela me vê. Obrigada pela generosidade!

Gerânio
Ela que descobriu o mundo
E sabe vê-lo do ângulo mais bonito
Canta e melhora a vida, descobre sensações diferentes
Sente e vive intensamente
Aprende e continua aprendiz
Ensina muito e reboca os maiores amigos
Faz dança, cozinha, se balança na rede
E adormece em frente à bela vista
Despreocupa-se e pensa no essencial
Dorme e acorda
Conhece a Índia e o Japão e a dança haitiana
Fala inglês e canta em inglês
Escreve diários, pinta lâmpadas, troca pneus
E lava os cabelos com shampoos diferentes
Faz amor e anda de bicicleta dentro de casa
E corre quando quer
Cozinha tudo, costura, já fez boneco de pano
E brinco para a orelha, bolsa de couro, namora e é amiga
Tem computador e rede, rede para dois
Gosta de eletrodomésticos, toca piano e violão
Procura o amor e quer ser mãe, tem lençóis e tem irmãs
Vai ao teatro, mas prefere cinema
Sabe espantar o tédio
Cortar cabelo e nadar no mar
Tédio não passa nem por perto, é infinita, sensível, linda
Estou com saudades e penso tanto em você
Despreocupa-se e pensa no essencial
Dorme e acorda

http://letras.terra.com.br/nando-reis/1244897/

quarta-feira, 24 de março de 2010

A gente!

E a gente se enrosca
E a gente se perde
E a gente se rola
E a gente se mede
E você vai embora
E tudo se esvai
Braços vazios
Bocas no caos
Sombras dos sonhos
Abraços vagos
Beijos não mais...

*Contribuição do amigo - Marcos)

terça-feira, 23 de março de 2010

Sem medo!

A poesia será nossa comunicação mais secreta, quieta, assim... silenciosa, serena, mas, não menos voraz.
Encontre nela a beleza de seu ser, o reflexo de sua alma, a grandeza de suas palavras.
Em cada letra, costurada como uma colcha de retalhos, abrande a dor, ecoe o grito, esbraveje o silenciar do coração.
Em cada verso, libere a leveza do corpo... vença a falta de ar que o medo traz.
No mais profundo vazio encontrarás o puro sentimento, inebriado pela sua forte presença, cara-a-cara, o desafio de um ciclo necessário, essencial para reconstruir a energia que move seu sangue.
É um pequeninar de toneladas, um momento como o das garças, que muitas vezes se apóiam em uma só perna para não pesar o coração.
Viva o vazio mais movimentado, aquele na multidão ou solidão... seu, assim, só meu!

*Que em cada ressurgir da vida sejamos cúmplices da poesia que nos move.

(A.Z / Foto: Paulo Minguez / Olhares.com)

segunda-feira, 15 de março de 2010

Velejar!

Eu digo em vão, ele entende não,
Eu falo branco, ele vê preto,
Nada é errado, tudo é imperfeito.
Quando a indecisão deixa de fluir e sobrepõe a emoção, a comunicação parece não existir.
Afinal, mesmo na interrogação diária, é necessário não temer a cordialidade dos anjos e a insesatez dos 'diabinhos'.
Nessa roda viva o que vale é sentir, respeitar, se permitir.
Viro a página do pensamento, navego, mergulho, respiro. Palavras roubadas.
Do ventre exposto à chama, da lareira ao lago.
Olhar ao horizonte, enquanto ressoa o vento, algumas canções são eternas, outras, passageiras... quem define? Eu ou você?
O tempo!
(A.Z / Foto: RZambujo / Olhares.com)

terça-feira, 9 de março de 2010

Fênix

Busco na tela em branco o confidente para fazer pequeninar a rebeldia dessa alma inquieta,
que sem razão assola uma imensidão vazia, silenciosa, ensurdecedora.
Tento recompor a saudade em poesia, viajo nas melodias, a sede aumenta, esvazia...
Me apego na solidão, a parceira da luz e da escuridão.
Fecho os olhos, cada grandiosidade que eles observaram com a curiosidade de um sonhador, simplesmente, reconstrói,
refaz cenários, remodela lembranças, emoções...
Só então percebo a coerência da dor... Não é dor, mas sim, a alma que súplica momentos para um novo respirar, esse assim,
profundo, lento...necessário para continuar!

(A.Z / Foto: de minha fênix feita pelo super Fred)

domingo, 7 de março de 2010

Alma mulher!

Constantemente inconforme, que se automotiva todo dia.
Livre de feitos e preceitos, se reformula, reconstrói.
Fênix de sua alma, de sutileza e voracidade ímpar.
Nem menos, sempre além.
Nessa corda-bamba, passos firmes.
Em sua sabedoria, os erros ressoam em lágrimas de aprendizado,
o sorriso é calcado na experiência, por isso, é solto e frequente.
O pesar de seu coração está em sempre significar o elo, com isso, aprendeu
a pequeninar a dor para aliviar a a alma.

*Parabéns à todas as grandes mulheres que fazem parte de minha vida, em especial, Carmem, minha mãe e referência!

sexta-feira, 5 de março de 2010

Saudade


Ela é assim, suave, serena,
vem sem dor, sem pretensão, apenas com o hábito do sentir.
Não faz mordaça, sacia a sede do querer bem.
Faz pequeninar o coração, com a leveza do voo dos pássaros.
Se reforça no tempo, esse estranho mito.
(A.Z / Foto: Domingos Fernandes de Souza / Olhares/com)

quarta-feira, 3 de março de 2010

Rabiscos de um outro olhar

Andréa pode ser um cílio
mas um cílio não pode ser Andréa
Para ser Andréa Zílio,
basta um cílio no olhar de quem ver o amor,
só o amor vê e crer em um cílio
conhecido por Andréa Zílio.

(*Essas linhas ganhei de presente. Agradeço ao autor)

segunda-feira, 1 de março de 2010

Cada um... poesia!

Dizem que ela é assim... um acalanto à alma.
Será? Dúvidas e afirmações em uma complexidade compreendida, pois é notório, somente ela ensurdece o silêncio, inquieta o espírito, faz pulsar mais forte o coração, e quando se vê... pronto, um turbilhão.
Ela faz encher o peito de ar, e tudo começa a girar. O mundo fica mais insano e também humano.

A poesia está no gesto, no andar, na maneira de amar, pelo menos foi o que ensinou García Lorca.
A poesia, independente do estar, te faz sempre, sempre sonhar.
Nela, buscas o refúgio, reencontra o brilho para os olhos, o sorriso que ilumina a face.
E assim continuas, nela faz-se perdurar a esperança, agitada ou serena, em cada palavra, uma maneira de embelezar o mundo, tolerar a dor, satisfazer os desejos, reverenciar o belo, perpetuar o amor.

*Aos cheios de arte, cada um, em seu jeito, Rodrigo Pires e Diego Gurgel pelo aniversário. Parabéns!!!
(A.Z / Foto: Fernando Rodrigues e M / Olhares.com)

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Sedição!

Em dias de rebeldia o mundo é cão,recorda à Baleiro e "...Ser verdadeiro nesse mundo é difícil. Eu acho que são os ossos do ofício".
Um momento de impaciência, palavras revoltas acalantadas, gestos tortos repreendidos, avessos ao toque, insanos. Lapso de locura, fissura. Silêncio que ensurdece a alma do homem. De olhos abertos no escuro, um sussuro, um não.
Ah, vontade de dizer não, não, não!
Boca piedosa, mente cansada,sedição!
Minutos conscientes de quem faz de um jeito, que não seja do outro,despedaçar é renovar. Então, depois de tanta confusão, tudo ao contrário, fico com Los Porongas: "Vou por atalhos, se faço curva, faço nó e não tenho timão nem direção...E a mente é de alimento a solidão"
(A.Z / Foto: Ana Machado/Olhares.com)

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Ao Gaia!

Apenas imagens que retratam a universalidade de Daniel Andrade Gaia, um olhar sensível no sul do país, que se amplia para o Brasil, para o mundo. Mais um personagem que viveu a repressão da ditadura militar, um sonhador, cidadão do mundo, que também colaborou com a África, morando em Moçambique. Grande parceiro de Osmar Trindade, jornalista que se despediu de nós, mas deixou sua história em cada profissional que formou. Deliciem-se com as imagens e poesia do blog Saitica www.saitica.blogspot.com


(Fotos: Daniel de Andrade Gaia / Blog Saitica)

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Conflito!

Não basta tirar o teto mal feito, o alimento vindo em migalhas, é preciso mais…
O grito que ecoa a dor que dilacera o corpo, arranca da alma o sentido da vida, se contradiz em lágrimas que suplica por esperança, que implora em respirar.
Nesse tremor, mais que desespero, mais que desequilíbrio natural, é a loucura humana que perdura, insana, voraz.
Nessa fatalidade, a insanidade está presente e mistura, levando o bem e o mal em uma corrida… todos, na mesma direção.
Desesperados, desfacelados.
A cor, a crença, nada faz diferença diante da fúria. É o poder do homem que limita a bondade, dando ao caos mais força.
Nessa temporalidade, o haver do dito, do feito, do preceito… tanta dor, tanta lágrima, tantos gritos, nada faz sentido.
Apenas o chão dessa terra balançou, e o resto do mundo continua a girar, não pode parar ou deixa de lucrar.
A procura é por mais gotas que possam tornar esse oceano maior, que mantenha sua grandeza, permitindo espaço para mais solidariedade.

"As crianças quando bem cuidadas são instrumentos de paz, de esperança" (Zilda Arns)
"Sei que meu trabalho é uma gota no oceano, mas sem ele, o oceano seria menor" (Madre Teresa de Calcutá)

(Texto: A.Z / Fotos: Crianças Haitianas - blog www.portariportfolio.blogspot.com)

domingo, 17 de janeiro de 2010

Uma vez mais!

Nutridos no mistério, levados pelo instinto, encontram o desejo mais aguçado, desinibido.
Nas verves rápidas desse instante, solto... leve. Os músculos ecoam pedidos incessantes, é o grito da fome, da sede.
Nessa sina de ser um estranho ímpar, o toque é a mais voraz necessidade, é preciso estar lado a lado, colados, pares.
Sentem a brisa ao vento, cavalgam nas emoções, em palavras soltas, rabiscadas no lençol de seda vermelha. Mas fome, mais sede.
Nesse instinto caçador, são minhocas enroscadas nas raízes do desejo.
Dessa poesia ao verso, a sublevação, à subversão, a conspiração.
Dessa lira à cólera insaciável, se confundem cantos numa ternura gritante.
Nessas paredes sem rasuras ou fissuras, por entre os espinhos, com apenas uma certeza: a de sentir a felicidade em existirem, uma vez mais.

*À todos que respeitam, desejam, saciam e respeitam!
(Texto: A.Z / Foto: Essa foto encontrei na internet,mas não achei o nome do autor. Ela foi o primeiro layout de meu blog, que originou o nome Espaço Aberto)

Até mais!

São lembranças do passado que se renovam para o futuro, recordações do que ontem foi presente, mas que se entrelaçam e não querem ganhar idade.
Um querer cheio de dúvidas, um até breve que não quer sair. O "estou chegando" não está completo, uma parte ficou. Foram dias, muitos dias, acontecimentos, emoções, novas relações...mais páginas para sua vida.
Agora, sua história precisa navegar, aportar em outro lugar, ancorar em reencontros... se desfazer para reconstruir, desfacelando dores, saboreando amores.
Nesse Adeus a dor não quer pequeninar. Ela cresce, cresce, sem machucar... é saudade do que ainda está perto, mas logo será roteiro antigo. Mas é em sua memória que está a harmonia dos sentimentos que se conflitam. É nela que buscará o sentido de cada gargalhada recordada, das lágrimas que banharam seu rosto, das emoções que mexeram, abalaram sua cândura. Nela que encontrará motivos para voltar.
Então... volte sempre!
Texto: A.Z
(Para você, Débora Mangrich. Sorte e sucesso na nova fase)

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Madre!

Por dias a fio... cresce, pesa, a perna treme, ânsia ou frio?
Um momento de calmaria, outro de fúria. Lágrimas se misturam a sorrisos, sussuros aos gritos ecoados, dúvida ladeada da certeza.
A sensatez mais insana, a fase bela cheia de 'feiuras', o amor mais pleno. Das linhas tortas ao traço certo, na cumplicidade maior de um universo só deles. Um cordão mais que umbilical, um laço da vida.
O semblante muda, deixa de ser menina-mulher, agora é mulher-mãe!
Desperta essa aurora, inebria o anoitecer.
Prazer, boas vindas a esse amor... assim, incondicional!

(Texto: A.Z / Foto: João E.C Matos / Olhares.com)
*Parabéns pela maternidade Débora Taumaturgo.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Seu!

Um convite, uma tentativa, deixar fluir, afinal, ela é rápida demais para ter ensaios: a vida.
Pequeninar a dor, esvoaçar os sonhos, mudar de opinião, permitir que o vento brinque com os cabelos.
Na dúvida, deixar o coração enamorar a emoção, nesse jogo de sedução, querer.
Permitir que a saudade aporte sem medo, que a solidão seja um momento intimista de reflexão.
No anseio dessa verve, deixar o mundo girar, sem temer onde vai parar.
Um momento assim, todo solto, todo belo, seu!
(A.Z)