Não basta tirar o teto mal feito, o alimento vindo em migalhas, é preciso mais…
O grito que ecoa a dor que dilacera o corpo, arranca da alma o sentido da vida, se contradiz em lágrimas que suplica por esperança, que implora em respirar.
Nesse tremor, mais que desespero, mais que desequilíbrio natural, é a loucura humana que perdura, insana, voraz.
Nessa fatalidade, a insanidade está presente e mistura, levando o bem e o mal em uma corrida… todos, na mesma direção.
Desesperados, desfacelados.
A cor, a crença, nada faz diferença diante da fúria. É o poder do homem que limita a bondade, dando ao caos mais força.
Nessa temporalidade, o haver do dito, do feito, do preceito… tanta dor, tanta lágrima, tantos gritos, nada faz sentido.
Apenas o chão dessa terra balançou, e o resto do mundo continua a girar, não pode parar ou deixa de lucrar.
A procura é por mais gotas que possam tornar esse oceano maior, que mantenha sua grandeza, permitindo espaço para mais solidariedade.
"As crianças quando bem cuidadas são instrumentos de paz, de esperança" (Zilda Arns)
"Sei que meu trabalho é uma gota no oceano, mas sem ele, o oceano seria menor" (Madre Teresa de Calcutá)
(Texto: A.Z / Fotos: Crianças Haitianas - blog www.portariportfolio.blogspot.com)