sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Rachadura

Rasgando a cortina, a pronúncia de palavras cortantes
que dilaceram o peito, transfigura a alma.
Sem piedade, essa ingenuidade satirizada
é negra no cenário da dor.

O riso transformado na imcompreensão completa,
triturando lembranças e refazendo cenários sem cor.
Ferida aberta, incerteza, impureza,
ressaltadas no vaso cheio de rachaduras.

(Texto: Andréa Zílio / Foto: Vanessa França - em MG)