Navesgas e aportas por este rio,
Lá, para além dos seres, ao profundo,
Desenhas um céu azul anil,
margens verdes que te cercam e direcionam teu caminho,
apontam as setas aos montes que amanhecem.
Como a um cativo, te ouço passar
com fixos olhos rasos de ânsia te vejo caminhar,
Tua sombra que ondula um canto de ave
Limiar textura e curvas de um enredo suave
Como diz Pessoa, que se afeiçoa:
"Mais razões para cantar que a vida!"
(Texto Andréa Zílio / Foto: Sérgio Vale - Rio Acre)