segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Blues

A felicidade brota neste cintilar de momentos. Ela abre a porta e seu cheiro exala no ar, inebria o ambiente gerando sorrisos.
Seu toque aguça todos os desejos, faz o corpo tremular gerando novas cores ao cenário.
Um som espalha-se embalando uma nova dança. Os olhos brilham, os gestos desajeitados tentam encontrar movimento coerente, mas é na incerteza dos atos que se refaz um novo blues, emanando alegria, saudade do que será vivido.
Nesse turbilhão ela consegue encontrar serenidade no aconchego de sua pele diante da explosiva vontade do querer. Essa pele, antídoto da sede da paixão.

(Texto: A.Z)

Angústia

Mancha negra que vaga sem rumo, andante, perdido andante.
Nefasta insatisfação com o ser, crueldade que exala egocentrismo.
Dolorosa forma de sentir, decepção com quem não compreende quão valiosa é a vida.
Doçura perdida, choro que ecoa no horizonte e quebra o silêncio junto a lágrima de um pequeno que atormenta o cenário da folia. Tristeza que amordaça a alma, tortura os sentidos, dilacera a serenidade.
Em meio a tanta angústia, apenas ele é a vítima maior de um jogo de interesses que tranforma anjos em demônios. Ícaro que ainda sonha em voar, mas com as asas presas pede paciência para conseguir esperar.

*Aos amigos fica o otimismo de que tudo ficará bem. Força!
(Texto: A.Z)