quinta-feira, 29 de maio de 2008

Jazz


No embalo do saxofone

Ao som do jazz

Um nota que remonta o passado

Uma melodia que embala o presente

Um canção que aponta um futuro

Na destreza da noite enluarada

Na penumbra do bar

Na generosidade das luzes que revelam personagens

O corpo encontra movimento

Andréa Zílio

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Rasuras


O branco da tela, o pensamento que norteia
Os sentimentos aprisionados, a beleza roubada

O mundo do avesso, rasuras que corroem

Uma dor incessante, amargura desvairada

Querer e não saber, saber e não ter

Não ter e querer.

Querer e ter... um saber

Sentimentos controversos, um abismo de sensações

Emoções, misturadas em turbilhões de pensamentos

Um fundo, um vazio, uma pausa

Tempo de renovar...

Hora de preencher

Rabiscos que se completam

Em um espaço arquitetado por momentos

Andréa Zílio (Foto: ABrito)

terça-feira, 27 de maio de 2008

Marionetes de um espetáculo só!

Somos marionetes de um espetáculo chamado 'VIDA', onde poesia e prosa se misturam em momentos de grandeza, lágrima e sorriso andam sempre juntos.
...Atores de um mundo de água e fogo, de horizontes e precipícios, em que bater as asas nem sempre significa voar, e estar em definitivo em um lugar pode ser a maior das gaiolas já encontradas.
...Um mundo de cara e coroa, em que olhares valem mais que aplausos, gestos e palavras tornam-se vazios se separados, mas conciliá-los faz parte de um grante ato.
...Uma roda que não pára de girar, mas insiste em muitas vezes desacelerar.
É então chegada a hora do encontro com a solidão. Feliz de quem sabe reconhê-la e com ela aprender o doce sabor da liberdade, hora da marionete ganhar mais flexibilidade, mas... sem deixar de ser o que é, afinal, a individualidade não faz parte desse universo que se completa como um grande quebra-cabeça.

Andréa Zílio