segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Luz!

Um estalo...
mais do que podia, menos do que sonhava.
A luz negra se desfacela, se expande no espaço,
os vagalumes saem atordoados, baratinados, sem rumo.
Uma estrela se perde, e o ar já não passa,
a palavra silenciada, a dor esquecida, a emoção vivida.
Os fogos se espalham no céu, e o perdido andante pensa
ter encontrado seu ninho, mas quando chega próximo, uma faísca
o queima e só então percebe que ali não é seu berço.
Depois de muitas voltas, a tragédia grega sai do palco,
e em um cenário tranquilo ele espera a noite cair,
então, na escurdião percebe o brilho de várias estrelas,
se aproxima delas e todas o saudam como se o conhecessem.
Conhecem, não são estrelas, são vagalumes, e o medo se perde,
pois agora sabe que em cada luz existe um caminho.
(A.Z)

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