quinta-feira, 25 de setembro de 2008

História, saber, Ser...

Traços que desenham uma história
reconstituem um passado
reafirmam um presente,
renovam um futuro.

Cores que expressam sabor, dor, alegria,
contentamento, sentimento.
Formas que brincam de saber,
sem querer, sabem...

As lembranças em objetos,
o valor de gerações esquecidas
depositadas na esperança de quem valoriza a vida.

O requinte de histórias de rainhas, reis e plebeus
hoje enraizadas em formas arquitetônicas
apreciadas pelo olhar do povo de um novo tempo.

O minuto que sustenta a eternidade,
a lembrança que reproduz a emoção,
o doar que faz a viagem acontecer,
espalhando a história, o saber, o Ser.

*A bolsa/pasta , artesanato do especial povo da Guiné-Bissau
O caderno, réplica dos cadernos do rei e rainha de Savoia
O cartão do museu Palazzo Madana, Turim, Itália
(uma história cheia de saberes que viaja através dos amigos Mara e Carlos)

(Texto: Andréa Zílio / Foto: Sérgio Vale)

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Voz, som, gesto, movimento: reencontro

Na viagem, mais que uma visita, rostos conhecidos,
palavras agraciadas, cumprimentos calorosos.
Ao som da voz a alma foi preenchida por um estado de
frêmito extase, cheio de recordações, emoções.
O rosto lavado por um choro de alegria.
A mente preenchida em doces palavras,
e o corpo embalado no velho ritmo que outrora a encantou.

Momentos de afago em um coração desgarrado,
Passado que se refaz em uma colcha de retalhos de sentimentos,
Presente que se constrói com um novo momento a recordar,
e apenas a certeza de que no futuro essa sentinela nortente
continuará cravejada em seu peito.

Na voz rouca, a proeza do sentimento livre,
E no adeus, o afago e o choro de alegria se repete,
o preenchimento de um vazio construído por lembranças,
Uma sensação suavemente maluca, de uma balada eterna...
deste meu Planeta Amapari.

(Texto: Andréa Zílio)

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Minha casa!

Da flor ao beija -flor,
do batuque do marabaixo ao pop,
da terra amada, minha casa,
à benção de minha mãe.

Ao som de tua voz eu vou...
...vou voltar pra casa,
a pé ou de avião, nem que seja na asa,
basta a imaginação.

E relembrar da canoa
que balança bem devagar.
Afinal, isso são coisas de um coração desgarrado,
que chega como a luz da manhã.

E assim, a minha casa se tece,
mesura na luz do dia,
pra afugentar quebranto
na hora da fantasia.

Aprendo a voar dentro de você,
ancorar no espaço ao sentir cansaço,
Aprendo a ser parte de você,
respeitar a vida, terra minha amada,
minha oca, meu iglu, minha casa.

*Fragmentos de canções de Zé Miguel (à direita), grande amigo, cantor e compositor amapaense, de alma linda.

(Texto: Andréa Zílio por Zé Miguel/Foto: Divulgação)


quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Tempo

Ele que te faz correr, dançar,
conhecer, ousar, amar,
te ensina a chorar, levantar,
susurrar, desejar.

Tempo do teu destino,
Aprendiz do teu ser.
Tempo que leva à vida.
e te faz crescer.

(Texto: Andréa Zílio)

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Ressoar!

Não dê tantas voltas,
por maior que seja sua recompensa.
A nefasta injúria fragmentada
ressoa como lapsos da verdade.

Lave a lama do corpo,
mas antes se lambuze nela,
é preciso sentir a displicência
em uma ameaça ensaiada.

E nesse caos de palavras
ressoe o sentimento,
aquele mesmo que te o faz chorar,
e hoje é capaz de reanimar.

(Texto: Andréa Zílio / Foto: Nuno Manuel / Olhares)

domingo, 7 de setembro de 2008

Sabores e contrastes!

Desnuda tua alma, te encontras nestas chamas
e sacia tua sede pela vida.
Faz da caricatura mais excêntrica, a serenidade
de uma fonte inesgotável de alegria.
Tua intrínseca inquietude se transformará
em uma luz nesta escuridão.
Uma labareda diante de uma gota d'água,
uma cascata diante de uma fogueira.

Não ressoe nenhum grito de dor,
abrande-a na leveza do ar,
Ecoe as gargalhadas, dê entonação
aos fatos, também crentes como destino.
E nessa matiz sutileza, que se deve sentir o
comum contraste causado por um pôr-do-sol
e uma lua cheia nascendo. Ele existe!
Cada pincelada que expressa um momento
particular e único. A vida!

(Texto: Andréa Zílio / Foto: Paulo Pereira / Olhares. com)

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Janelas

Anoiteceu, e o barulho do silêncio é maior.
Hoje cedo ela sorria, vivia a agilidade do tempo em sua rotina.

Agora encontra em cada janela uma companhia.
Percorre o mundo, vai à África,
ouve Cezária Évora, se
embala no samba das Rainhas,
encontra cor e movimento no Olhares.

A madrugada chega, existe uma rede, a brincadeira começa.
Em cada janela, um semblante familiar, tudo interligado.
As poesias de Pessoa, Drummond, Lispector, Meireles ressoam.
Leitura Livre traz novos talentos, e ela conversa com cada um deles.

Encontra as "Mulheres de Holanda", descobre que é uma delas.
Sorri com as "Crises do Amor"... Realmente é preciso brindar em nome dele.

Palavras, imagens, sons, silêncio.
Um mundo de informações a sua frente,
Um companheiro fiel de uma noite solitária... Mas não de solidão!

(Texto: Andréa Zílio)

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Dedicatória...

Para Andréa Zílio, minha amiga do dia-a-dia e de blog. Agradecendo o lindo texto que fizeste em seu blog te dedico 3 coisas, já que não sou boa poeta!-

Uma flor amarela









Um poema de Mário Quintana
Canção do Dia de Sempre
(Mário Quintana)

Tão bom viver dia a dia
a vida assim, jamais cansa
Viver tão só de momentos
como estas nuvens no céu
E só ganhar, toda a vida
inexperiência, esperança

E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu
Nunca dês um nome a um rio: sempre é outro rio a passar.
Nada jamais continua, tudo vai recomeçar!
E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
atiro a rosa do sonho nas tuas mãos distraídas…

- Um trecho de Dura na Queda - Chico Buarque

"O sol ensolarará a estrada dela
A lua alumiará o mar
A vida é bela
O sol, a estrada amarela,
as ondas, as ondas, as ondas ..."
AMO VOCÊ MINHA AMIGA!
(De Claudinha Bartolo para Andréa Zílio)

Saudade que não tem fim!

O peito se preenche de um vazio
recordações se encontram
palavras sussurram...
uma doce lembrança,
uma amarga ausência.

Um fundo de tela que exibe
o que foi vivido, sentido.
A sensação de preenchimento que
deseja evazar, explodir.

Vontade de fechar os olhos...
abrir... estar perto, sentir.
Cenários de cores, sabores,
são sensações de uma só palavra:
Saudade!
(Texto : Andréa Zílio)

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Multicores!

Um caminho sempre cheio de cores,
fantasias, amores.
A permanente transformação,
um dia no casulo,
outro dia bate as asas e sai a voar.
Menina de boas risadas, de energia
incessante no momento de brincar, brindar.
Mulher de muitos sabores, da serenidade
ao ápice da explosão de sentimentos e emoções.

Intensidade é teu nome,
alegria teu sobrenome.
Fazes da vida uma simples transformação,
em que pedras acabam virando flores, de multicores.
Beleza simples, terno ápice de quem sabe viver a vida
da melhor maneira: sorrindo!

*Para a bela e sorridente, Claudinha Bartolo, sempre Cauzinha- "um beijo e me liga!"

(Texto: Andréa Zílio / Foto: Pereira Lopes)