quarta-feira, 18 de março de 2009

Mãos dadas!

Se você me der a sua mão a gente pode dar a volta ao mundo, ir da África ao Japão.
Nessa contemporaneidade nos reencontraremos em vários destinos, misturaremos sabores, ouviremos histórias de desamores, e quando a solidão aportar, vamos bailar, para pequeninar esse vazio miúdo, que invade a alma. Tua companhia em minha companhia será um novo aportar, desses assim, que vem depressa e se firma devagar. São passos lentos de uma caminhada que não pede agilidade, apenas sensibilidade.
(Texto: A.Z/Foto: Arpoador - RJ)

Solta!

Vai assim...serelepe mundo à fora, sem lenço nem documento, deixa a brisa esvoaçar seus cabelos, acariciar teu rosto.
Esse momento branco, da tua paz, tua luz, é uma abertura de um novo caminho, de uma nova verve que revela o fortalecimento do teu eu, mulher.
Nas lembranças, saborei as doces, esqueça os sabores amargos, e nesse passado construa um futuro de novas degustações. Assim, cheio de descobertas, que reforçam o que já sabes, e te ensinam novos aprendizados, fundamentais em fazer jus a vida.
(Texto: A.Z)

sexta-feira, 13 de março de 2009

Alma!

Ela observa as folhas se despedirem e novos raios de sol iluminam o embrulho que chega. Afoita, o abre com ansiedade em pensamentos que viajam na tentativa de adivinhar o que realmente poderia couber ali. Impensável... a face não mostra tudo, mas ressoa em brechas muita luz. Nesse dedilhar de adivinhações, a inestimável surpresa da oferta que supre um dos maiores anseios do ser humano: sentir. Assim, ela conhece um novo sorriso, o misterioso olhar que lhe conta segredos, o aconchego do abraço sereno, a voracidade do desejo, as risadas mais gostosas, a companhia de uma alma livre, assim, afinada com as suas asas.
(Foto: A.Z)

terça-feira, 10 de março de 2009

Momento!

Me ergo nos sonhos,
desabo nas ilusões,
me desespero na dúvida,
vivo nas emoções.

Da serenidade busco certeza,
da maturidade pilares removiveis,
e nessa intrínsica sede pela vida
tenho como caminho o sentimento.

E nesse silêncio ensurdecedor,
encontro um diferente barulho,
de uma melodia a decifrar...
...um novo sabor no ar.
(Texto: A.Z)

quinta-feira, 5 de março de 2009

Vamos teclar?!

Os sites de relacionamento cada vez mais viciam as pessoas ao acesso permanente, diário. Uma cólera de solidão que invade o mundo. Isso não é ruim, ou é?
Acredito que eles, os sites, tenham funções extraordinárias, por exemplo, aproximar os amigos, familiares que estão distantes, ou até mesmo identificar novos amigos, por que não?! Mas é a substituição que me aflige. Vejo simpatia nos recados, sorrisos traduzidos em caretas ou emotions, mas na vida real parece que tudo tem se perdido e o mundo dá um passo para frente e dois para trás no que diz respeito a maneira de viver os sentimentos.
O bom dia, boa noite, não traduz simpatia, mas a obrigação em cumprimentar. O elogio livre de interesses, esse, está cada vez mais escasso, e a confiança, bem, essa tem sofrido grandes rachaduras. Na ausência de vínculos respeitosos e sinceros buscamos em seres desconhecidos, pilares para solidificar a amizade virtual, afinal, nela você exibe sua sensibilidade sem que soe como fraqueza, você é perfeito pelo o que és ou finge ser, você pode atuar no personagem que desejar.
O mundo real exige mais, ele pede verdade, o força a se conhecer, enxergar seus defeitos e os dos outros. Essa realidade exibe tua impaciência e pede respeito à diversidade, as diferenças. Esse realismo também te individualiza diante da intolerância. Nele, as palavras são como flechas lançadas, que jamais retornam sozinhas, portanto, é preciso sempre refletir, corrigir, pedir desculpas e desculpar, só assim você poderá lançá-la novamente, para outro rumo.
Então, viva aos sites de relacionamentos? É, talvez eles tenham suas parcelas de contribuição nos índices de suicídio, afinal, depois de tantas pragas, doenças antes incuráveis, outras ainda misteriosas para a ciência, o mal do século é a individualidade, essa que gera a depressão. Mas não troquemos os cliques pelo sorriso, toque, cheiro, carinho, afeto de quem está ao lado. A racionalidade nos permite viver em sociedade, e se não o sabemos, perdemos para os bichos, que mesmo irracionais, possuem regras e delimitações que impõem respeito, direciona o seu ciclo de vida. Deposito ainda esperança em acreditar que o respeito com o próximo, aquele em você o preza, mas também se preza, é o primeiro passo para uma vida mais harmoniosa.
(Texto: A.Z / Foto: Net)

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Vida

Quero mais dessa cólera que embriaga o coração, um frenesi de paixão, amor eterno, esse só meu: a vida.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Alma livre

As telas cromadas não ofuscam as luzes do arcenal de estrelas.
Parada, inerte, em uma intríseca vontade de querer, ela anestesia o coração em um novo embalo, de uma canção leve, livre, cheia de emoções.
Menina das risadas, jovem da alegria, mulher dos desejos, senhora do mundo, livra-te dos pesadelos mais estranhos e refaz essa trilha com serenidade, voracidade. Escala todos os sonhos impossíveis que só uma alma livre é capaz.
(A.Z)

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Blues

A felicidade brota neste cintilar de momentos. Ela abre a porta e seu cheiro exala no ar, inebria o ambiente gerando sorrisos.
Seu toque aguça todos os desejos, faz o corpo tremular gerando novas cores ao cenário.
Um som espalha-se embalando uma nova dança. Os olhos brilham, os gestos desajeitados tentam encontrar movimento coerente, mas é na incerteza dos atos que se refaz um novo blues, emanando alegria, saudade do que será vivido.
Nesse turbilhão ela consegue encontrar serenidade no aconchego de sua pele diante da explosiva vontade do querer. Essa pele, antídoto da sede da paixão.

(Texto: A.Z)

Angústia

Mancha negra que vaga sem rumo, andante, perdido andante.
Nefasta insatisfação com o ser, crueldade que exala egocentrismo.
Dolorosa forma de sentir, decepção com quem não compreende quão valiosa é a vida.
Doçura perdida, choro que ecoa no horizonte e quebra o silêncio junto a lágrima de um pequeno que atormenta o cenário da folia. Tristeza que amordaça a alma, tortura os sentidos, dilacera a serenidade.
Em meio a tanta angústia, apenas ele é a vítima maior de um jogo de interesses que tranforma anjos em demônios. Ícaro que ainda sonha em voar, mas com as asas presas pede paciência para conseguir esperar.

*Aos amigos fica o otimismo de que tudo ficará bem. Força!
(Texto: A.Z)

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Fúria e doçura

O equilíbrio atormenta o que está a frente, mas dentro é um vulcão em erupção, e neste pulsar de emoções a sanidade ecoa, passando em refinamento que muitas vezes encontra grandes buracos, mas sempre a eleva em alegria, cor, brilho e luz.
O mar virou um urso feroz, a velocidade pede passos lentos, a voz ecoa em silêncio, um momento de vagareza, adestreza. A doçura se revela em fúria, a briga é pelo viver, o forte é fraco, o fraco também é forte. Nesse duelo eterno o amor ímpera.
*A resposta da natureza diante da insanidade humana que destrói cada vez mais.
(Texto: A.Z / Foto: Hugo Amador)